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domingo, 26 de dezembro de 2010

De Natal, Macaca Monga e peru de padaria

Rrrrrrrrr. Que meda!
Bonjour,

Espero que você tenha tido um Feliz Natal! É um período bem alegre, bem divertido, que eu amo. Coloquei todos os meus enfeites em casa – comprei também uma faixa para a porta de entrada aonde estava escrito “Feliz Natal”! Foi um Natal em paz!


Minha mãe foi pra Estância passar com a família do genro, marido de Sueli. Fiquei por aqui mesmo, saboreando o calor e a tranqüilidade da cidade. Fiz visitas a amigos, algumas virtuais e aproveitei as guloseimas agora da época, dentre elas, um delicioso pão de frutas.

Lembra como eram bons os nossos natais! Tinha Roberto Carlos com lançamentos quentinhos a cada ano, que terminavam embalando nossos sobe-e-desces nas rodas-gigantes do parque de diversões que todo fim de ano chegava à cidade. Eu morria de medo daquela roda gigante. Meu cérebro sempre atento me fazia quase odiar o passeio porque eu nunca relaxava. Acreditava no que via em filmes, em acidentes com rodas-gigantes e a gente dependurado lá em cima numa cadeira a meio fio de se esborrachar no chão. Era uma fantasia péssima, por sinal, que tirava a minha tranqüilidade.

Mas, fora esse tormento, havia os tranqüilos cavalinhos do carrosel que não nos ameaçava; o trenzinho, os barquinhos e o brinquedo que eu mais gostava: carros elétricos – os mais caros do parque – que deslizavam e a gente tinha o controle e podia ir aonde queria. O momento em que a gente batia um no outro era o que eu mais me deliciava. Era como se dissesse: que encontro bom: eu aqui no meu dirigível, você aí! Uma delícia!

E ainda tinha muita diversão. Gostava das maçãs e uvas do amor (que maravilha!); da supermacaca Monga enjaulada, que fugia no final da cena e ameaçava nos pegar. Ah! O trem fantasma, nossa, eu ia de olhos fechados o tempo todo, acreditando que aquelas pessoas fantasiadas eram mesmo de verdade. E gritava a viagem inteira. Acho que fui em duas experiências! Que garotinha medrosa eu fui! Mas, o mais bacana também eram o tiro ao alvo, sempre à caça de bichinhos de pelúcia que eu nunca ganhei! E também as argolas pra laçar caixas de fósforos que davam direito a prêmio. Esse era um dos meus passatempos favoritos. E eu adorava me lançar algum desafio de levar pra casa prêmios – lembra de um ano em que a febre era um brinquedo chamado vai-vém? Tudo isso era a marca do Natal!

E o tempo em que meu pai cuidava de comprar o peru e mandar assar na padaria? Nossa, que peru mais gostoso! Tinha a árvore para armar, os brinquedos (Estrela) pra escolher e a ceia regada a champagne e queijo cuia – nossa, quanto sal nessa iguaria! Éramos felizes, não é mesmo? E quando os meninos nasceram, como era legal levá-los, pequeninhos, a essa festa que a gente já conhecia. Sati não gostava muito não! Com dois, três anos já tinha personalidade. Uma vez inventei de colocá-la – ela meio a contragosto – num trenzinho, sozinha. Quando me distraí um pouquinho e virei as costas, você não acredita: ela tinha descido do brinquedo não sei como. Fez seu protesto particular. E dali em diante passei a respeitar o arbítrio das crianças. E você, depois me conta aí como é que foi esse Natal?




A tout a l'heur!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

De batuques, Verão antecipado e papai noel voador



Bonjour,
Nem é verão em Salvador. Mas, o som ritmado tirado de tambores africanos no bairro ao fundo de casa, antecipa a grande festa. O calor também já é grande. Refugio-me no quarto, guarnecido por uma porta de vidro que abafa a reverberação e controla o meu estágio de pré-fuga. Como você sabe, estou envolvida no processo de finalização de escrita de tese e qualquer desambiência retira de mim a frágil concentração.
Estou em casa há dias, reclusa em torno de noções que seguem na direção de serem sustentadas e defendidas. Saio aqui e ali para uma coisa e outra, resistindo à atração dos oh,oh, ohs e dos blim-bléns que me fazem relembrar uma das festas de que mais gosto.
Minha casa está enfeitada desde o início do ano. Alvoreceu 2010 e desde então um papai noel montado num pára-quedas e um outro bibelô de porta jazem nas minhas salas à espera de que eu lhes informe de que a minha meta de concluir o trabalho em dezembro foi cumprida. Acredito que ainda não será desta vez. Mas, ficou próximo!
Esses dias liguei pra nossa mãe e lá estava ela, animada, com uma apresentação de coral que faria na segunda-feira. A ligação foi num sábado, mas ela também se reportou a você. Sempre a pergunta: "Por onde ela anda?", "Será que aparece?". "Ela sabe que tem um quarto e uma cama esperando pela visita dela".
Gostaría que essa alegria um dia se cumprisse, que num desses natais não tão fartos assim - ela já tem 84 - fosse o natal da vida dela, quando aquele filho pródigo que partira, agora retorna. É bom sonho, afinal, é Natal. Espero que por aí a cidade seja colorida e não lhe falte alegria e contentamento nesse período tão bonito!

A tout à l'heure.

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                                             Christel em Carcassone.  Minha amiga Christel partiu! Recebi seu adeus por intermédio de outra ...