domingo, 29 de abril de 2012

Bonjour,

domingo, 26 de fevereiro de 2012

De cheias e greve de PMs

Foto: Terra: Walcimar Junior


Bonjour,

Vi na televisão que tudo por aí está debaixo d'água. Acompanhei que o governo decretou ponto facultativo e aqueles funcionários engajados na ajuda aos desabrigados podem assim continuar fazendo seu trabalho humanitário.
Pensei em você e como tudo deve estar tumultuado por aí. No mínimo deve ter crescido e muito o trabalho para as equipes médicas atenderem a tantas pessoas atingidas. Espero que sua casa não tenha sido alagada e que tudo esteja pelo menos sobre controle.
Penso em nós aqui de Salvador quando no início do mês fomos atingidos emocionalmente por todo o tumulto causado pela greve da PM. Nos vimos aqui sob tortura psicológica com o clima de boatos e violência física e simbólica que se estabeleceu. Muita gente - mais de 100 - perdeu a vida nesse período, por morte violenta, ampliando as estatísticas que Salvador já lidera estando entre as capitais mais violentas do mundo.
Sabe-se que essa condição não é recente, mas tem-se agravado ainda mais, junto com dados de outras capitais, como Recife. Lembro-me bem que no início do ano 2000 quando lecionava no curso de jornalismo da FIB em Salvador, espantei-me quando indiquei aos alunos um trabalho sobre o levantamento desses índices de violência, ao constatar que já naquela época os indicadores sobre assassinatos em finais de semana eram bastante elevados. Hoje, continuam, pelo aumento da violência ligada ao tráfico de drogas e ao extermínio.
Bem nos dias de greve em Salvador havia boatos de arrastões, invasões de shopping centers e coisas do gênero. O comércio fechando as portas mais cedo e nós tendo que retornar pra casa em torno das 5 da tarde, sob pena de sermos pegos desprevenidos por uma situação de crise inesperada. Fiquei mentalmente incomodada com toda essa tensão e medo. Imaginava quão cruéis são os dias de arbítrio em situações de exceção, como guerras, por exemplo.
Desejo então, saúde e que as cheias do Rio Acre não durem para que não se estenda o sofrimento de quem tem perdido tudo e também o estresse dos profissionais que, como você, têm de lidar diretamente com ele.

A tout à l'heur

domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Natal!

Bonjour,
Como hoje é natal, deixo essa poesia de Gil em sua homenagem, desejando que você tenha um dia feliz e um ano novo repleto de alegrias e encantamentos. Não se esqueça de que estamos aqui. Venha quando quiser! Bjs!

DRÃO

Drão!

O amor da gente

É como um grão

Uma semente de ilusão

Tem que morrer pra germinar

Plantar nalgum lugar

Ressuscitar no chão

Nossa semeadura

Quem poderá fazer

Aquele amor morrer

Nossa caminhadura

Dura caminhada

Pela estrada escura...



Drão!

Não pense na separação

Não despedace o coração

O verdadeiro amor é vão

Estende-se infinito

Imenso monolito

Nossa arquitetura

Quem poderá fazer

Aquele amor morrer

Nossa caminhadura

Cama de tatame

Pela vida afora



Drão!

Os meninos são todos sãos

Os pecados são todos meus

Deus sabe a minha confissão

Não há o que perdoar

Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão

Quem poderá fazer

Aquele amor morrer

Se o amor é como um grão

Morre, nasce trigo

Vive, morre pão

drão!

drão!


À tout à l'heur!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

De estado febril a vestibulandos de Aracaju


Bonjur,

Tô de molho desde ontem em casa, acometida de febre, gripe, dores no corpo e ânsia de vômito. Fui a um médico ontem à tarde e, fatalmente, comentei sobre você. O médico, muito simpático, atendeu-me afavelmente, mas sem se furtar a jogar seu charme, que eu aceitaria receber, não fosse a aliança que ele trazia na mão esquerda. Lançou-me perguntas discretas enquanto tentava conhecer meu estado civil e minha situação familiar em termos de filhos. Mora sozinha...? Hummmmmm, uma pergunta direta. Seu namorado deve lhe ajudar a dirigir até Aracaju? (comentei que estaria a caminho, não fosseo mal-estar). Hummmm, mais uma pergunta de duplo sentido. Bem, ele alto, simpático, bastante interessante, calmo, atraía minha atenção. Meu estado febril, dores no corpo, é que não ajudava muito.
Lá pras tantas falamos de você. Disse-lhe que também tenho uma irmã médica, mas mora no Acre. Ele curioso quis saber o que faz alguém no Acre, tendo deixado a Bahia...Disse-lhe que você é intessada em doenças tropicais e ensina num programa de saúde da família também. Aí ele se acalmou e me encaminhou para a ala de aplicação dos medicamentos. Despediu-se e recomendou que assim que a medicação fosse aplicada, já poderia ir para casa...Não ter que ficar ali por muito tempo, foi um alívio, devo confessar...
Hoje eu deveria estar em Aracaju, mas não deu, como você vê. Liguei ontem avisando a mãe e ela me falou que Vinícius e Cezinha passaram no vestibular da UNIT. Vinícius pra Mecatrônica e Cezinha pra Administração. Ambos estão felizes com a vitória. Na foto acima, Vinicius com a namoradinha. Viu como cresceu? E você, o que me conta?

A tout à l'heur.

sábado, 5 de novembro de 2011

De formigamentos, patchwork e seminário cyborgue

Bonjour,

Como você sabe, hoje é aniversário de Zé. Devo dar uma passada lá mais tarde para visitá-lo e aproveitar para conhecer o novo apê deles.
Ontem falei com nossa mãe. Estava um pouco chorosa porque não se sentiu bem e teve de ir ao médico. Reclamava de formigamentos ou algo assim nas pernas e braços. O médico suspeitou de um novo AVC, mas a tomografia que foi tirada felizmente não confirmou. Mas, ela ficou bastante impressionada e deprimida com a notícia.
Cezar e Cezinha estão lá morando com ela. Pelo menos não está tão sozinha, agora. Como tivemos o feriado de finados, ela me falou que gostaria de ir até Sambaíba, certamente homenagear nosso pai no cemitério. Disse a ela que não se preocupasse tanto porque Deus disse para deixarmos  que "os mortos cuidem dos mortos"... e que apenas rezasse pra pai. Pra mim seria suficiente nesse momento em que ela está mais frágil...Mas, acho tudo preocupante. A gente nunca sabe direito qual o nível da dor de uma pessoa idosa e o que se passa na cabeça, o tipo de fantasia e preocupação...
A nossa prima Adilma vai casar uma filha no sábado 19. Nossa tia Marlene e nossa prima Adriana, recém-casada, também virão. A festa será na casa de Adilma em Stela Maris. Devo ir, a convite de nosso primo Adailson.
Por aqui tudo caminhando. Além de empoderar o lattes, tenho me interessado por patchwork e por ponto-de-cruz. Aprendi os primeiros fundamentos esta semana. Vou postar aqui o meu primeiro trabalho, em breve. Na próxima terça vou apresentar um trabalho sobre cyborgs e educação em  Feira de Santana, num seminário nacional. E você? Qual é a novidade por aí?

A tout à l'heur.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

De viagem, irmãs gêmeas e banho de sol a R$5,00

Bonsoir,

Banho de sol gerou muitas risadas

Sábado lembrei-me de você. Estive em Abadiânia para a costumeira visita à Casa de Dom Ignácio e em especial para rever uma amiga alemã que estava na cidade. Foi uma viagem muito feliz. Lembrei-me dos tempos em que nós duas, crianças, éramos tratadas como irmãs gêmeas. Creio que venha daí meu desejo de que você retorne ao seio de casa.
Enquanto comentava emocionada sobre os laços que me ligam a você,  também ouvia da minha amiga uma suposta tese espiritualista de que mães podem gerar filhos gêmeos e, sem saber, perde um deles. Algo assim. Talvez você tenha vindo primeiro e quase dois anos depois eu apareci, como irmã normal que nossa mãe insistia em sermos univitelinas. Vestidinhos iguais, lacinhos iguais, sapatos pretos de boneca, lustrados, iguais. Uma mesura de produzir distúrbios psicológicos.
Pois bem, fiz uma certa terapia, Anne me ouvindo, chorosa, sobre ter uma irmã que na prática não tenho.
Depois me recuperei bem e tivemos um dia bastante divertido. Abadiânia estava quentérrima, com umidade e clima de deserto. Fiquei à base de muita água. Aproveitamos para um almoço leve. Comi um omelete delicioso, acompanhado de açaí com creme de manga, que é o manjar quando estou na cidade, e suco de abacaxi.
O detalhe da tarde foi o banho de piscina em que Anne se refugiou do sol. Ficava numa pousada bastante climatizada com elementos espiritualistas. À porta da entrada uma foto de Osho. Mas, o banho de sol custava R$5,00 e o banho de piscina R$15,00. Foi a primeira vez na vida que eu vi alguém cobrar pelo raio de sol e ainda teve Osho como testemunha. Rimos demais da situação.
À noite comi churrasco (umas carninhas na chapa), durante jantar num hotel em que um amigo de Anne se hospedara. Estivemos entre austríacos - patrícios dela - e germanos, com os quais dividimos a mesa, o jantar e ela, a língua estranha que eu, curiosa, acompanhava. Aqui e ali eu ouvia alguma palavra familiar em inglês ou português que escapava lisonjeira naquela língua completamente inacessível para mim.
Era a véspera da minha viagem de retorno para casa. Tudo me pareceu alegremente bom e prazeroso. Com certeza, penso o quão bom seria se você estivesse ali. À propósito, você sabe algo sobre Abadiânia e a Casa de Dom Ignácio? Têm sido o meu segundo lar por anos...


 

A tout à l'heur.

sábado, 10 de setembro de 2011

De bondinho, Santa Teresa, imagens e brados de axé.

Bonjour,

Essa semana, lembrei-me de você. A notícia sobre o acidente com aquele bondinho no Rio de Janeiro, fez-me retornar a Santa Teresa e à visita que fiz em seus tempos de convivência no convento de  Santa Teresa. Tudo ali me marcou, especialmente o bondinho de Santa Teresa. É engraçado que eu nunca achei aquele meio de transporte seguro, com as pessoas dependuradas, tomando ar do lado de fora. Claro que indicava superlotação, num veículo tão antigo; mas, bondinhos não são privilégios de Santa Teresa, veja como funcionam bem os bondinhos de San Francisco, Califórnia!
Pois bem, aquelas imagens tristes de pessoas comuns mortas e feridas por irresponsabilidade e negligência de uma empresa, contrastavam com minhas lembranças interiores dos dias que já lhe reportei aqui mesmo em um outro post. E eu adoro o Rio de Janeiro, lembro de Santa Teresa, dos seus bondinhos, de seus bares e feijoadas famosa em barzinhos também famosos.
Por aqui tudo melhorando. Cezar está melhor, num contexto de acolhimento regular e os problemas com a passagem por Aracaju mais organizado. Estamos pondo a casa à venda em Alagodé e pretendendo com a venda, comprar um apê em Aracaju para satisfazer o desejo de nossa mãe.
Eu, de minha parte, feliz por ter mais tempo após o fim do doutorado. Essa semana retornei às minhas aulas de tênis de quadra e estou me dedicando, como você sabe, a atividades mais lúdicas, para compensar a minha ausência em todo esse período.
Vi com a moça do tempo que  a temperatura por aí está alta, calor mesmo em fim de inverno. Por aqui a temperatura já aumentou e na vizinhança popular ouço muita música, especialmente em finais de semana como agora. Tem dias que acho que há lugares que não dá pra viver, apenas para morar, mantendo a lógica de chegar em casa apenas para dormir. Aqui onde moro, os finais de semana confirmam plenamente essa ideia porque Salvador vira uma grande casa de axé e sertanejo, com sons emanados das casas aos brados, os quais você é obrigado a ouvir, sem pena.

A tout à l'heur.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

De Sheakspeare, literatura e paisagens em Verona




Bonsoir,

Ainda não fez um mês, mas parece ser uma eternidade desde o dia da defesa. Fiz um monte de coisa desde então. As mais importantes são ter iniciado as aulas de redação como voluntária de um cursinho pré-vestibular promovido pela Petrobras e ter retornado ao tênis de quadra. Decidi que, para começar, esses seriam ações para preencher um espaço ocioso que viria.
Essa semana foi meio confusa porque Cézar adoeceu e se estabeleceu na casa de mãe. Chegou bastante frágil, exigindo cuidados de todos nós. Beto, Tal, Manuela e Cezinha deixaram os afazeres para acompanhá-lo em Aracaju, tal era a fragilidade. Os acometimentos mentais acrescidos de problemas familiares entre ele e a esposa. Na quinta-feira teve uma crise de pânico, tendo que passar a tarde medicado e na base do soro. Agora está melhor, se restabelecendo na casa de mãe.
E você, espero que tudo esteja correndo bem por aí. Por aqui o clima é ameno, com dias mais frios e com bastante vento, neste final de outono. No Centro-Oeste, para onde vou no final do mês, a temperatura é alta e a umidade baixíssima, em torno de 10 mm. Imagino o calorão e o frio que faz de madrugada! Parece que por aí as coisas são mais quentes e úmidas...
Essa semana comecei a ler Shakespeare, "Romeu e Julieta". Uma dívida que tinha, agora sendo paga. Coincidentemente, também assisti a um filme chamado "Cartas a Julieta", passado em Verona, Itália, berço da tragédia shakespeariana. Uma bela coincidência. O título do filme me reportou a você, por causa dos nossos escritos neste blog. O filme é recomendável, um romance água com açúcar muito legalzinho por causa da estória e também do cenário passado em Verona. Tem a presença marcante de Vanessa Redgrave, beeeeeeeeem madura, mas linda. Não tive como deixar de pensar em você. Me encantei pelo filme e comprei não apenas o filme, mas também o livro que o originou. Acredito que têm a ver com minha proposta de virar escritora a partir de agora.
Itália é meu próximo destino. O interior do país, maravilhoso. Irei examinar a hipótese de fazer o roteiro passando por Verona, de paisagem deslumbrante. Já pensou fazermos esse roteiro juntas? Aproveitamos e vemos amigos que tenho na Europa. Pense nisso.

A tout à l'heur.

domingo, 14 de agosto de 2011

De defesa de tese e comemorações



Bonjour,
 
Sexta-feira foi minha defesa de doutorado. Feliz, muito feliz. Fiz uma defesa tranquila e, não defendi, palestrei. Orientações de amigos treinados na cena.
Foi muito legal o processo. Vieram amigos da Petrobras, da faculdade, amigos antigos, poucos, mas representativos. É que praticamente não chamei ninguém para a defesa. Preferi que fossem comemorar à noite na festinha que preparei. Foi ótimo! Estava tranquila, dei meu recado, a tese recebeu mil elogios e eu fiquei feliz, muito feliz. Faltou você, claro! A defesa iniciou às 14h30min e terminou às 19h30min. Bem longa.
A comemoração foi num espaço chamado Beneficência Suíça, na Federação. Muito agradável. Minha amiga querida Jaqueline cuidou de tudo enquanto eu estava na defesa. Decoramos com bolas verdes e vermelhas, lembrando o Natal! Coloquei também meu alce cheio de luzinhas pisca-pisca de Natal e também tinha estrelas natalinas na entrada da sala principal. Zé e Marineusa estiveram lá. Jorge não pôde vir. Está em preparativos familiares porque Nilda e Fernanda vão à Espanha na segunda. Outros amigos queridos também não compareceram por motivos diversos. Na hora da festa choveu muito, mas como diz Carina, uma colega da Petrobras, é sinônimo de fertilidade. E com isso eu já contava.
Fiz uns bisquis temáticos dos três reis magos de lembrança. Ficaram um troço. Mande o endereço que envio um de lembrança para você! A festa tava muito agradável. A nota fraca foi o DJ que nos deu um grande bolo. Mas o afeto todo dos meus convidados estava lá. Fiquei feliz com a presença daquelas pessoas muito queridas, de Rutinha, amiga da Comunicação Institucional da Petrobras, uma amizade de longas datas; do meu pessoal da Engenharia, das pessoas da Faced; dos amigos próximos, de  casa.
Senti sua falta partilhando tudo isso comigo. Deixo o link das fotos que postei no facebook.
 
A tout à l'heur.
 

domingo, 7 de agosto de 2011

De link para matéria sobre diarismo a película argentina

Bonsoir,

Saiu hoje a matéria sobre diarismo no Diário do Nordeste. Confira o link do Caderno 3 - Querido Diário. Foi legal, dá uma boa dimensão do trabalho. Fora isso, tentando conciliar a defesa do dia 12 com todos os outros afazeres, incluindo o trabalho diário. Tenho tido dias bem cheios, mas levando...
Nenhuma grande novidade, a não ser que inicio nos próximos dias o trabalho voluntário com o cursinho vestibular para alunos carentes na Universidade Petrobras. Fui ontem numa reunião entre professores e coordenação e a expectativa é bem legal, tanto para mim quanto para todos do grupo de que as coisas funcionem bem.
Falei com mãe esses dias e, queixosa, sugeriu que os filhos façam um rodízio, um por mês, para visitá-la. Deve estar se sentindo um pouco mais só, especialemente porque a cuidadora pediu as contas...
Aqui os dias têm sido misto de sol e alguma chuva. O sábado amanheceu chuvoso, mas o domingo já nos recebeu com sol. Dei um passeio no shopping ontem, como há muito não fazia. Fui com uma amiga. Almoçamos e depois fomos ao cinema ver O homem ao lado, um filme argentino de grande qualidade. Não sei se teve a oportunidade de ver. É um drama sobre relações de vizinhança contemporânea, intolerância e violência psicológica. Muito interessante a narrativa. Confira aí se tiver oportunidade.
Vamnos nos falando, então...

A tout à l'heur.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

De entrevista para o Diário do Nordeste e preparativos para defesa de tese

Bonsoir,

Corre-corre esta semana tentando ajustar os times. Como diria minha amiga Dina: "Uma loucura"!. Acordei de madrugada hoje  pra concluir uma entrevista em forma de pingue-pongue solicitada pelo jornal Diário do Nordeste, em Fortaleza. Sai neste domingo. É sobre minhas pesquisas sobre diarismo. Depois te mando o link. Acho que vai ficar legal!
Amanhã de manhã tenho uma reunião com o pessoal da Universidade Petrobras. Por esses dias começo a dar um curso como voluntária para estudantes  de pré-vestibular carentes. Me candidatei para a função de professora de redação e não vejo a hora de iniciar o processo. Tenho vontade de acompanhar toda a transformação envolvida na formação dos graduandos do futuro. A metodologia, penso, será diferenciada para envolvê-los no processo de ensino-aprendizagem.  Quando perceberem, já terão condições de entender que escrever é difícil, mas com envolvimento, tudo acontece.
E você, tudo bem por aí? Por aqui temos enfrentando bastante frio durante a madrugada, mas nada comparável às temperaturas que vocês têm por aí. Eu imagino.
Por aqui em contagem regressiva para a defesa da próxima sexta-feira. Seria bom que você estivesse por aqui...

A tout à l'heur.

sábado, 23 de julho de 2011

De convite para defesa de doutorado e facebook

Bonsoir,

Esses últimos dias têm sido de conclusão final do meu texto de tese. A data de defesa é o  dia  12/08 e eu gostaria muito que você estivesse aqui. Tenho planos de fazer uma comemoraçãozinha, a título de extravasar o estresse acumulado nos últimos quatro anos. Fiz uma dedicatória pra você, a irmã mais ausente/presente entre todas as irmãs do planeta. Você vindo, te apresento meus amigos e todas as pessoas que torceram por mim nessa empreitada.
A festa deve ter música, vinho e comida boa. Avião direto até aqui não tem, não é? Mas, tem pra São Paulo, Rio de Janeiro... venha, se quiser. Tá convidada...
Essa semana foi engraçado porque todas as pessoas em quem pensei e meditei, entraram em contato comigo. Amigas dos Estados Unidos, da Alemanha muito queridas. Tenho outra querida na Holanda também. Tô combinando de dar um pulo lá. Quando você tiver um período de férias, podíamos combinar de dar um rolé. São Paulo é tudo de bom também. Uma amiga está agora em Nova Iorque, ô lugar interessante, super cultural...
Quando puder também pode postar alguma foto em e-mail. Se você tiver facebook, manda o link pra sermos amigas. No mais aqui sem novidades. Bem frio durante as madrugadas, num inverno que parece não ter chegado porque este ano choveu pouco.

A tout à l´heur

sábado, 16 de julho de 2011

De apê novo e preparativos para defesa de tese

Bonsoir,

                                              João (Esq.)  e colega
Hoje eu falei com minha mãe. Comentou-me sobre você. Te falei que ela está a fim de comprar um apartamento novo. Quer destinar um quarto melhor e maior para você, embora você já saiba, já dispõe de um cantinho no atual apê dela. Acha que você lhe fará uma surpresa, visitando-a. Nós todos torcemos por isso.
Esses dias pedi a Jorge para providenciar novos exames em minha mãe. É que da última vez em que estive lá, senti ela fraquinha e abatida. Fico com medo de que ela desenvolva diabetes ou alguma outra doença que costuma ocorrer na terceira idade. Ela está ótima de cabeça e consegue desenvolver altos papos conosco, parecendo muito melhor do que há 10 anos, por exemplo. A doença, nesse sentido, parece ter lhe dado um choque de realidade. Esses dias liguei e ela me contou dos exames que fez e dos médicos que terá de retornar pra levar os resultados. Torcer para que aquele problema, que foi grave, não retorne.

De minha parte estou nos alinhavos finais do texto da defesa de doutorado. Estamos marcando a data para o dia 12/08, uma sexta. Seria uma honra tê-la aqui pra essa comemoração de final de um exaustivo trabalho. Sei que você é mestra, tá na academia e, com certeza, por conta de sua área de trabalho, iria gostar de conhecer um pouco meu trabalho. Discuto a ampliação dos espaços de aprendizagens entre cidades e redes digitais. É o que chamo de território e desterritório, uma visão nova para os avanços nos novos territórios educativos. Se vier, me dê um toque!! Pode ficar na minha casa!

E você, como estão as coisas por aí...Espero que bem. Não tenho grandes notícias. Virgínia me falou dia desses que deverá ir pra Alemanha por uns três meses. Acredito que é agora ainda em julho. Não tenho notícias dos meninos, Manu...João, você sabe, tá um homenzinho e já entrou na faculdade. Faz Engenharia Elétrica, se não me engano. Veja a fotinha dele aí...Não é a minha cara?

A tout à l'heur!

terça-feira, 5 de julho de 2011

De aniversário, galinha a molho pardo e cantinhos

Bonjour,

Depois de alguns meses, retorno a esse espaço. Quis deixá-la livre, sem grandes pressões cósmicas. Hoje retorno porque, afinal, é seu aniverário. Desejo um dia feliz, amoroso, cheio da graça que você merece! Gostaria de estar aí perto de você ou mesmo você aqui. Faríamos um bom programa de aniversário, comeríamos talvez uma galinha a molho pardo no Paraíso Tropical e beberíamos os sucos maravilhosos que eles preparam. Tenho certeza que você amaria um programa com um paladar mais caseiro,que certamente lhe lembraria nossa infância juntas em Alagodé.
Das coisas que nunca esqueço de você nessa infância é o seu modo de abordar o prato: primeiro os alimentos mais sem graça, deixando para o final a essência do que você mais gostava do alimento posto. Eu era exatamente o oposto. Barrigudinha, gulosinha, o pecado da gula falava mais alto do que a paciência e a postergação. Comer logo o que tinha de melhor era mesmo não dar tempo à mente para se considerar saciada e se perder o apetite correndo-se o risco de não ter o prazer  desejado. Hoje continuo assim. As saladas, obrigatórias, por último; os sabores do prato principal, primeiro.
Ontem, de olho na "moça do tempo", na Globo, percebi que hoje faz hoje mínima de 12 graus por aí. E imaginei que um estado no extremo ocidente do país é tão frio quanto o do extremo leste. Como a natureza é interessante. Imaginei que hoje você acordaria, talvez, mais agasalhada, preparando-se para suas atividades na faculdade de medicina ou mesmo em suas clínicas diárias. Espero que você passe um dia feliz, cheia da graça de Deus. Que receba o carinho físico das pessoas ao seu redor. O carinho e o amor virtual você já tem. Quando quiser aparecer, tem uma casa em Salvador. Mãe, como sempre, comenta que você tem o seu quarto lá no cantinho dela, que você pode imaginar, porque fica no mesmo condomínio de Sueli. Chegou a conhecer? Estive por lá esses dias. Está melhor de cabeça, mais firme e posicionada como sujeito. E com novos planos. Dessa vez quer mudar de apartamento, sem querer dar despesas pros filhos com aluguel. Mas, não há dia em que seu nome não esteja presente. Se quiser aproveitar as delícias de uma cidade maravilhosa, que cresce a olhos vistos, também tem seu cantinho por lá. Acho que você tem cantinho em várias partes. Ah! A nossa Satila casou no fim do ano passado.

A tout à l'heur!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

De solidão e final

Bonsoir,
Falei ontem com nossa mãe. Passou-me uma pessoa forte, com uma evidente energia vital. Adquiriu uma vitalidade interessante desde a crise em que foi parar no hospital. Parece que a consciência retornou com força. Entretanto, queixou-se mais uma vez de solidão e da ausência dos filhos. E pela primeira vez externou a preocupação  que lhe tem tomado desde a experiência do internamento: o dilema que muitos de nós passará, que é o questionar se está perto do final.
A abordagem dela foi de uma aceitação da morte como algo certo e como se tivesse sido treinada e, agora, preparada para essa passagem. Falou-me textualmente: "Estou aqui caminhando, preparando-me para o final". Foi bem difícil ouvir isso. Tentei mostrar-lhe que não é porque se é idoso que a vida se ceifa. Jovens, adultos, crianças também estão expostos à mesma condição, à mesma pulsão. Tentei fazê-la vê que enquanto há vida, a gente tem que buscar se reformar e encontrar a alegria nas coisas do dia-a-dia, mas nunca renunciar. Como saber o que Deus nos destina? Como saber se já é a hora? Para alguém como ela que tem 84 anos essa hora parece cada vez mais perto e mais dura ainda por ter acredito que esses filhos, essa família nunca iriam falhar...
Fui dormir tomada por essa questão, um tanto impotente diante desse nada em que a morte nos transforma. Falei-lhe de vida, de aulas de canto, de sessões de fisioterapia, de instantes que podem fazer a vida valer à pena. E filhos que a gente cria e vão ao mundo, nem sempre voltam ao ninho primordial. Essa talvez seja a maior lição de desapego que ela está tendo que enfrentar, talvez entre todas as lições de sua vida, a mais difícil. Aprendamos com isso!

A tout a l'heur!

domingo, 10 de abril de 2011

De fisioterapia e domingo chuvoso

Bonjour,
Falei hoje com minha mãe e ela perguntou novamente por você. Contou-me a novidade de que agora já está andando. Uma grande felicidade a notícia, depois do grande susto que ela nos deu. Andar, vai proporcionar maior autonomia, em especial à noite por proporcionar maior liberade de circular pela casa e de ir ao banheiro, caso necessite.
É uma alegria saber que não está dependente das assistentes. Está há coisa de três semanas, um mês com uma fisioterapeuta, que lhe auxiliou nesse trabalho de retornar a caminhar. Contou-me sobre trabalho com bola e os exercícios que também fazem bem à mente. Agora tem mais uma pessoa com quem compartilhar as experiências e as dificuldades desse processo de restabelecimento.
Achei-a um pouco triste hoje, sempre em busca de notícias suas e de alguns familiares de quem possui pouca ou quase nenhuma notícia, como é o seu caso.
Espero que um dia possa retornar a tempo de ter esse encontro com ela. Seria bom para as  duas.
Eu, um pouco mais voltada para minhas tarefas esses tempos, mas sempre de olho na moça do tempo. Deve estar chovendo por aí. A mesma mancha larga de chuva que a moça do tempo apresentava aí, também se estendia até aqui. Amanheceu bastante chuvoso o dia, como o sentimento de minha mãe por não ter notícias suas. Mas, como os dias carregados de chuva também passam, fica a esperança de que o sol brilhe para vocês e para ela, um dia.

A tout à l´heur.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

De informes e cuidados com minha mãe

Bonjour,


Estou de volta depois de certo tempo sem postagem. Fui convencida por uma amiga a não insistir tanto em nossas conversas e deixar ao seu arbítrio definir ou não por retornar. A novidade - nada boa - foi que mãe caiu doente, acometida por uma perda sutil de sangue pelas fezes que a fez parar no hospital. Ficou dez dias internada, tomou cinco bolsas de sangue e, resumindo, quase morreu.
Foi e continua sendo uma situação muito preocupante. Todos acorreram. Tio Milton e Tia Marlene, que coincidente estava em Salvador, também foram visitá-la. Tia passou 15 dias com ela. Sueli dá o grande suporte porque exatamente mora no condomínio, mas o restabelecimento ainda é lento. O problema grave de anemia aguda, creio, ainda não melhorou o suficiente para permiti-la andar. Fica a maior parte do tempo na cama e é ali que continua a receber os cuidados, embora vez ou outra a coloquem sentada para fazer o sangue circular e os músculos mais ativos.
Seria importante sua presença, caso fosse possível. A faria mais confiante e forte, com um desejo grande sendo realizado. É isso aí, estamos torcendo para que ela possa se restabelecer rápido e fique logo forte.

A tout a l´hèure.
Bonjour,
Estou de volta depois de certo tempo sem postagem. Fui convencida por uma amiga a não insistir tanto em nossas conversas e deixar ao seu arbítrio definir ou não por retornar. A novidade - nada boa - foi que mãe caiu doente, acometida por uma perda sutil de sangue pelas fezes que a fez parar no hospital. Ficou dez dias internada, tomou cinco  bolsas de sangue e, resumindo, quase morreu.
Foi e continua sendo uma situação muito preocupante. Todos acorreram. Tio Milton e Tia Marlene, que coincidente estava em Salvador, também foram visitá-la. Tia passou 15 dias com ela. Sueli dá o grande suporte porque exatamente mora no condomínio, mas o restabelecimento ainda é lento. O problema grave de

domingo, 26 de dezembro de 2010

De Natal, Macaca Monga e peru de padaria

Rrrrrrrrr. Que meda!
Bonjour,

Espero que você tenha tido um Feliz Natal! É um período bem alegre, bem divertido, que eu amo. Coloquei todos os meus enfeites em casa – comprei também uma faixa para a porta de entrada aonde estava escrito “Feliz Natal”! Foi um Natal em paz!


Minha mãe foi pra Estância passar com a família do genro, marido de Sueli. Fiquei por aqui mesmo, saboreando o calor e a tranqüilidade da cidade. Fiz visitas a amigos, algumas virtuais e aproveitei as guloseimas agora da época, dentre elas, um delicioso pão de frutas.

Lembra como eram bons os nossos natais! Tinha Roberto Carlos com lançamentos quentinhos a cada ano, que terminavam embalando nossos sobe-e-desces nas rodas-gigantes do parque de diversões que todo fim de ano chegava à cidade. Eu morria de medo daquela roda gigante. Meu cérebro sempre atento me fazia quase odiar o passeio porque eu nunca relaxava. Acreditava no que via em filmes, em acidentes com rodas-gigantes e a gente dependurado lá em cima numa cadeira a meio fio de se esborrachar no chão. Era uma fantasia péssima, por sinal, que tirava a minha tranqüilidade.

Mas, fora esse tormento, havia os tranqüilos cavalinhos do carrosel que não nos ameaçava; o trenzinho, os barquinhos e o brinquedo que eu mais gostava: carros elétricos – os mais caros do parque – que deslizavam e a gente tinha o controle e podia ir aonde queria. O momento em que a gente batia um no outro era o que eu mais me deliciava. Era como se dissesse: que encontro bom: eu aqui no meu dirigível, você aí! Uma delícia!

E ainda tinha muita diversão. Gostava das maçãs e uvas do amor (que maravilha!); da supermacaca Monga enjaulada, que fugia no final da cena e ameaçava nos pegar. Ah! O trem fantasma, nossa, eu ia de olhos fechados o tempo todo, acreditando que aquelas pessoas fantasiadas eram mesmo de verdade. E gritava a viagem inteira. Acho que fui em duas experiências! Que garotinha medrosa eu fui! Mas, o mais bacana também eram o tiro ao alvo, sempre à caça de bichinhos de pelúcia que eu nunca ganhei! E também as argolas pra laçar caixas de fósforos que davam direito a prêmio. Esse era um dos meus passatempos favoritos. E eu adorava me lançar algum desafio de levar pra casa prêmios – lembra de um ano em que a febre era um brinquedo chamado vai-vém? Tudo isso era a marca do Natal!

E o tempo em que meu pai cuidava de comprar o peru e mandar assar na padaria? Nossa, que peru mais gostoso! Tinha a árvore para armar, os brinquedos (Estrela) pra escolher e a ceia regada a champagne e queijo cuia – nossa, quanto sal nessa iguaria! Éramos felizes, não é mesmo? E quando os meninos nasceram, como era legal levá-los, pequeninhos, a essa festa que a gente já conhecia. Sati não gostava muito não! Com dois, três anos já tinha personalidade. Uma vez inventei de colocá-la – ela meio a contragosto – num trenzinho, sozinha. Quando me distraí um pouquinho e virei as costas, você não acredita: ela tinha descido do brinquedo não sei como. Fez seu protesto particular. E dali em diante passei a respeitar o arbítrio das crianças. E você, depois me conta aí como é que foi esse Natal?




A tout a l'heur!

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De amiga que se vai e das lembranças que ficam: meu adeus a Christel

                                             Christel em Carcassone.  Minha amiga Christel partiu! Recebi seu adeus por intermédio de outra ...